Professora é mãe e avó e ainda dá aulas para alunos especiais na Escola do Lyons em Santo Antônio de Jesus

A professora Glece de Souza Bittencourt, de 48 anos, precisa se desdobrar para dar conta da profissão e de ser mãe e avó ao mesmo tempo. Casada há 30 anos e com os três filhos já cursando a universidade, ela agora se desdobra entre a criação de uma neta de cinco anos e a dupla jornada na Escola do Lyons Clube, em Santo Antônio de Jesus, instituição para crianças, adolescentes e jovens com necessidades especiais.

A dupla jornada de trabalho faz da professora Glece uma heroína. Atuando há oito anos na área de psicomotricidade, Glece faz de tudo para manter o equilíbrio entre os desafios da profissão que escolheu e a criação dos filhos e da neta. Na Escola do Lyons ela trabalha com portadores de dificuldades intelectuais. Ela admite que só consegue dar conta de tudo porque tem a ajuda de outra pessoa. “Acho fácil conciliar meu lado profissional com o meu lado pessoal porque tenho uma pessoa em casa que me ajuda, caso contrário não conseguiria porque são 8 horas por dia em sala de aula. Mas é compensador, mesmo com a carga horária pesada que o professor tem”, disse.

É uma jornada nada fácil, mas para a professora Glece a recompensa é o envolvimento afetivo que adquire com os alunos. “É gratificante porque, do lado pedagógico tenho a preocupação de me renovar nas funções acadêmicas, e do outro percebo como eles são solidários uns com os outros e como são verdadeiros nos seus sentimentos. Aprendo muito com eles que não têm as máscaras que as pessoas normais têm no palco da vida. Trabalhei 22 anos em escola regular, mas esse trabalho com crianças com necessidades especiais é a minha melhor lição de vida”, ressaltou. (Cristina Santos Pita)



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