O ritmo de vida, os ambientes, a educação, a competitividade, e a presença de traumas pontuais podem culminar na amplificação de emoções que podem gerar a ansiedade normal ou iniciar uma doença propriamente dita, através de um processo físico e mental que pode ser ativado em situações de medo diante do desconhecido, antecipação e em momentos de tensão emocional.
A psicanalise reconhece que quando se trata das emoções, cada pessoa tem uma forma de absorvê-las, as demandas e soluções são individuais, não tem uma forma única e nesse momento é necessário enxergar as saídas através de um auxilio profissional. Não há um diagnóstico precoce, prematuro ou tardio, a ansiedade se instala na vida das pessoas à medida que estas vão adquirindo mais preocupações, mais questionamentos e não percebem que a busca desenfreada por soluções fora é o reflexo da necessidade de respostas do próprio interior.
A ansiedade deturpa a visão que temos de nós mesmos e do nosso ambiente, surgem então sintomas como a sensação de xerostomia (boca seca), mãos ou pés úmidos, enjoos ou diarreia, aumento da frequência urinária, sudorese excessiva, dificuldade de engolir ou sensação de um bolo na garganta. Vale alertar que o ansioso patológico está propício a desenvolver outros problemas psíquicos, como TOC e até mesmo a síndrome do pânico. (Por Maristella Lemos, Regina Brasil e Anestre Andrade – Psicanalistas Clínicas)
Em termos de alimentação a ansiedade pode provocar aumento ou perda de apetite, que são caracterizados por uma resposta fisiológica do organismo perante o estado emocional, é comum as pessoas associarem o alimento a uma forma de aliviar ou compensar emoções. Podendo acarretar no aumento da frequência, do volume e do consumo calórico nas refeições, gerando consequências como alteração no peso corporal, desordens metabólicas, e prejuízos à saúde.
Alguns alimentos podem influenciar na ansiedade de forma positiva ou negativa, dentre eles podemos destacar os alimentos ricos em cafeína como café, chocolate e refrigerantes que são estimulantes do sistema nervoso; a gordura saturada presente em alimentos de origem animal e produtos altamente industrializados que aumentam os níveis de cortisol, o “hormônio do estresse”; açucares e carboidratos refinados e álcool, causam sensação de euforia e bem estar momentâneo, mas tem efeito rebote logo após, o que gera aumento da ansiedade e dependência similar ao uso de drogas, além disso, atrapalham a biodisponibilidade de vitaminas e minerais importantes para a liberação de neurotransmissores que controlam o humor. Em contrapartida alguns nutrientes podem auxiliar no combate a ansiedade como melatonina, serotonina, triptofano, selênio, zinco, capsaicina, ômega 3, dentre outros, temos alimentos acessíveis que são fontes de substancias que possuem ação ansiolítica. (Por Mariana Paixão e Wanessa Karine – Nutricionistas)
É fundamental que os pais estejam atentos aos seus próprios comportamentos, de modo a não desenvolver nos seus filhos condutas comportamentais geradas pela ansiedade, uma pressão exagerada pela execução das suas tarefas, críticas excessivas a tudo o que fazem e alarmismos desnecessários sobre tudo o que os rodeia trará prejuízos a vida escolar e adulta. (Por Ruth Rios- Psicopedagoga Clínica)
A ansiedade é uma reação normal ao estresse. Entretanto quando torna-se apreensão excessiva diante das situações cotidianas, transforma-se em um distúrbio incapacitante.
Na medicina chinesa a ansiedade é tratada como uma desarmonia do coração podendo comprometer também a energia de outros órgãos. A acupuntura através de estímulos de pontos específicos em canais no corpo, conhecidos como meridianos tem uma resposta eficaz no tratamento da ansiedade. O Tui Na é o estímulo através da massagem de pontos que irão reequilibrar a energia do corpo, a Auriculoterapia, Eletroacupuntura, o Hai Hua são tratamentos que também podem auxiliar, sendo específicos em cada caso, podendo variar de um paciente a outro a depender do seu estado clínico. O tratamento baseia-se em buscar o equilíbrio energético, sanando os sintomas. (Por Laiana Veiga e Tailan Froés – Biomédicos)
Ao menor sinal de que a ansiedade mina sua estabilidade física e emocional, é hora de agir. Quanto mais cedo os transtornos da ansiedade forem tratados, menores são as consequências psicológicas, sociais, físicas e maiores são as chances de cura.
