Primeiro caso de transmissão de chikungunya na gravidez é confirmado na Paraíba

IMAGEM_NOTICIA_5 (1)Um feto foi infectado com chikungunya durante a gestação. O caso foi confirmado na Paraíba. Os pesquisadores dizem desconhecer qualquer precedente similar no país. O bebê de 12 dias apresentou fortes convulsões e está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade de Campina Grande. O caso foi comunicado pelo Hospital Municipal da Criança e foi confirmado pela equipe da obstetra Adriana Melo, médica também responsável pela identificação do vírus zika no líquido amniótico de dois fetos com microcefalia em 2015. O exame foi realizado por pesquisadores do Instituto Paraibano de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq), da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa) e da (Universidade Federal do Rio de Janeiro (UF-RJ). Outros dois casos na cidade estão em investigação pelo grupo de pesquisa liderado por Adriana.

A médica diz que já há relatos da transmissão da doença no mundo, mas não no Brasil. O resultado alerta para medidas de proteção contra o aedes aegypti, que transmite a doença, a gestantes. “Enquanto o maior risco de transmissão do zika ocorre nos primeiros três meses de gravidez, no caso de chikungunya ocorre o oposto. A transmissão para o feto geralmente acontece quando a mãe adoece já no fim da gestação”, afirma o pesquisador Rivaldo Cunha, da Fundação Oswaldo Cruz. A transmissão durante a gravidez por levar o bebê a ter problemas de saúde, no sistema nervoso, mas não causa má-formação. Até maio deste ano, foi contabilizado quase oito vezes mais infecções do que o identificado no mesmo período do ano passado, quando 11.216 casos foram informados. Há um elevado número de mortes associado a doença.

Em Pernambuco já foram confirmadas 22 mortes por chikungunya. A equipe de Adriana Melo foi a primeira a identificar traços de vírus zika no líquido amniótico de bebês com microcefalia. A descoberta foi um importante passo para reforçar a relação – hoje já tida como certa – entre o vírus e a epidemia de nascimentos de crianças com a má-formação no Brasil. Dados do último boletim epidemiológico mostraram a confirmação de 1.616 bebês com microcefalia; outros 3.007 estão sob investigação. (Bahia Notícias)



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia