Oposição baiana dá como certa saída de Dilma Rousseff

thumbnail

Chega à metade do caminho o julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. E caberá aos 81 parlamentares decidir sobre o futuro da presidente afastada, acusada de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal. No total, são necessário 54 votos para definir a saída definitiva de Dilma no cargo. Caso aconteça, o presidente interino Michel Temer passa a ocupar o posto de forma permanente.

Entre os aliados de Temer, a conta é de que pelo menos 61 senadores vão declarar voto positivo e apoiar o afastamento da presidente Dilma. Já o lado petista espera uma reviravolta nos últimos minutos, o que seria capaz de reverter o quadro. Na Bahia, o cenário é parecido. Enquanto os opositores já comemoram a queda de Dilma, os aliados preferem esperar o desfecho final com o resultado do julgamento, que deve acontecer na madrugada de quarta-feira.

Para o deputado federal Antonio Imbassahy, a saída da presidente está consolidada e vai “trazer alegria para o país”. “Vejo que isso vai trazer alegria de vários parlamentares do PT, que sabem que ela causou um grande mal para o país”, disse ele em conversa com a Tribuna.

Já a senadora Lídice da Mata (PSB), que vai votar contra o afastamento de Dilma, o momento ainda pode reservar algumas surpresas.  “Acho que há sempre tempo de mudar, principalmente nesta fase que o processo vai se afunilando e as testemunhas vão ser ouvidas. Muita gente se refere ao período inicial do processo, como se houvesse uma repetição. Isso não é verdade porque essa parte inicial foi em uma sessão especial, muito de minuta de todos os senadores. Esta fase que estamos realizando é absolutamente nova para os senadores que não integraram a comissão especial”, afirmou ela.

“O impacto só será grande caso saiam os dois [Dilma e Temer]. Aí nós não sabemos o que vai vir por aí”, afirmou.

Senadores são alvos dos aliados de Temer

Enquanto os petistas correm contra o tempo para conseguir a quantidade de votos necessários e impedir o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, os aliados de Michel Temer fazem a conta e já dão como certo o triunfo no último capítulo da novela que já dura dez meses. Na fase anterior, 59 dos 81 senadores votaram a favor do impeachment – número superior aos 54 necessários para condenar a presidente afastada acusada de cometer crimes de responsabilidade fiscal -, e a conta deve aumentar. Nos bastidores, se comenta que o total de votos contra Dilma deve chegar a 61.

Entre os nomes especulados para mudar de lado está o do senador baiano Otto Alencar. Otto votou contra o afastamento de Dilma nas últimas fases, mas nos últimos tempos tem se aproximado cada vez mais do presidente interino Michel Temer, muito por conta do projeto de revitalização do Rio São Francisco. Já o senador Roberto Muniz (PP), também votou contra o processo na fase anterior, mas é um dos alvos entre os senadores mais próximos de Temer para votar a favor da saída de Dilma no julgamento. O pepista assumiu a cadeira no Senado após a saída de Walter Pinheiro (sem partido), que assumiu a Secretaria de Educação da Bahia.

Oficialmente, Muniz não comenta qual será o seu voto. Entre os três representantes baianos na Casa, a única que deve manter a linha e continuar ao lado dos petistas é a senadora e presidente do PSB na Bahia, Lídice da Mata. Ela avaliou como positivo o primeiro dia de julgamento na Casa. “A sessão está acontecendo da forma que foi combinada desde o início. Nas nossas reuniões ficou definido que iríamos ouvir os fatos e deliberar sobre eles”, explicou ela.

*Tribuna da Bahia



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia