Ex-secretários são cotados para cargo no governo federal

Na volta da viagem que fez a Brasília na terça-feira (19), o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), trouxe na bagagem, além de expectativa de recursos para obras, especulações sobre a possibilidade de mais baianos ocuparem cargos no governo provisório do vice-presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB).

O prefeito teria negociado na capital federal um cargo de diretoria no Ministério da Educação (MEC), que é comandado interinamente pelo deputado federal licenciado Mendonça Filho, do Democratas (DEM) de Pernambuco. Os cotados para o suposto cargo negociado por ACM Neto seriam os ex-secretários municipais de Urbanismo, Silvio Pinheiro, e da Casa Civil, Luiz Carreira.

O cargo no Ministério da Educação seria o da direção do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia que tem orçamento turbinado, de R$ 57 bilhões, valor que supera o orçamento total do governo do Estado da Bahia para este ano, que é estimado em R$ 40 bilhões.

Desde que deixou a Casa Civil de ACM Neto, Luiz Carrera continua sem cargo público. Ele chegou a ser cotado para a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), mas articulação não prosperou. Nos bastidores, se diz que Carrera é ‘mais forte’ do que Silvio Pinheiro na possível escolha para o cargo.
A Bahia já tem dois nomeados para cargos de segundo escalão no governo provisório de Michel Temer. O ex-prefeito de Camaçari Helder Almeida, do DEM, assumiu a superintendência regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) na Bahia no início deste mês.

Além de Helder Almeida, o advogado Marcelo José Almeida das Neves foi nomeado como titular da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Entre baianos no primeiro escalão de Temer, além do presidente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, que comanda o Ministério da Secretaria de Governo, como articulador político, está a desembargadora aposentada Luislinda Valois.

Sua nomeação saiu sob pressão e muitas críticas ao interino por causa da ausência de mulheres e negros no primeiro escalão do governo federal.

Luislinda comanda a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, estrutura subordina ao Ministério da Justiça.

*Tribuna da Bahia



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