Universitária grávida é suspeita de comandar serviço de disque drogas que fazia R$ 10 mil por dia

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Uma universitária grávida de 8 meses foi presa, nesta-quarta-feira, suspeita de comandar uma quadrilha de traficantes que vendia drogas para caminhoneiros, no Paraná, informou a Polícia Civil. Mariane de Freitas Dubiela, de 20 anos, era responsável por gerenciar a quadrilha que havia criado um serviço de “disque drogas” para levar, principalmente, cocaína para caminhoneiros em postos de combustíveis. Com o esquema, os criminosos chegavam a arrecadar diariamente R$ 10 mil.

A universitária foi presa durante uma operação da Divisão Estadual de Narcóticos realizada em Curitiba e na Região Metropolitana. Ao todos, dez pessoas foram presas suspeitas de participação na quadrilha e uma ainda está foragida. Cerca de dois quilos de cocaína, além 100 munições, sete armas, R$ 100 mil e oitos veículos utilizados pelos criminosos para distribuição de drogas foram apreendidos.

Segundo investigadores do caso, que começou a ser apurado há cerca de cinco meses, membros da quadrilha costumavam passar a noite em postos de gasolina, onde distribuíam as drogas. Um “disque cocaína” foi criado com linhas telefônicas exclusivas para atender os caminhoneiros. Por dia, o lucro da quadrilha era de R$ 10 mil.

O chefe da quadrilha, segundo a Polícia Civil, é Onéias Krupnitski, 30 anos, que atualmente está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) do Paraná, acusado por tráfico de drogas e dois homicídios. De dentro da carceragem, ele passava as ordens para Mariane, que é sua mulher. A estudante de Educação Física foi presa em casa.

Mariane é mulher de traficante preso, informou a Polícia Civil do Paraná
Mariane é mulher de traficante preso, informou a Polícia Civil do Paraná Foto: Divulgação
Estudante foi presa em casa.
Estudante foi presa em casa. Foto: Divulgação / Polícia Civil do Paraná

De acordo com a Polícia Civil, parte do dinheiro feito das vendas de droga era usado por Onéias e Mariane para construir uma casa, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, onde a jovem moraria com o filho.

— Conseguimos perceber (com as investigações) que o líder desse bando era o Onéias, que se encontra recolhido, mas de dentro da penitenciária coordenava uma organização criminosa responsável por vender as drogas para esses caminhoneiros. Ele contava com o apoio da esposa dele, a Mariane, que dava as ordens dele ou as que achava conveniente para os demais membros da quadrilha, que distribuíam as drogas — explicou a delegada Camila Cecconello, responsável pela investigação.

A quadrilha já atuava há cerca de cinco meses. Eram os próprios caminhoneiros que passavam o contato do “disque droga” de um para o outro. Eram cerca de 80 clientes de todo o país que compravam a cocaína dos criminosos.

Outro “braço-direito” de Onéias na quadrilha, Sidnei Alexandre, de 29 anos, também foi preso. Segundo a Polícia Civil, com o dinheiro da venda das drogas ele abriu uma casa de prostituição em São José dos Pinhais. O espaço foi alvo de busca pelos policiais da Denarc. Além de tráfico de drogas e organização criminosa, ele também responderá pelo crime de lavagem de dinheiro e favorecimento a prostituição.

Casas de suspeitos foram revistadas
Casas de suspeitos foram revistadas Foto: Divulgação / Polícia Civil do Paraná
Suspeitos foram presos em Curitiba e na Região Metropolitana
Suspeitos foram presos em Curitiba e na Região Metropolitana Foto: Divulgação / Polícia Civil do Paraná

Dez motoristas de caminhão foram flagrados durante a operação comprando cocaína. Segundo a delegada, já foi pedido ao Poder Judiciário o bloqueio da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) deles.

As pessoas presas durante a operação Têmis podem responder pelos crimes de de tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e outros crimes.

As investigações seguem agora no intuito de descobrir se os donos dos postos de combustíveis eram coniventes com a venda das drogas. (Extra)



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